Valdelacasa de Tajo e Talarrubias, na Extremadura, acolheram conferências sobre o projeto LIFE LYNXCONNECT.
Dezembro 22, 2022
As abundantes chuvas que afectaram a Extremadura na semana passada não impediram que os habitantes de Valdelacasa de Tajo (Cáceres) e Talarrubias (Badajoz) participassem nos encontros que o projeto LIFE LYNXCONNECT promove em zonas onde o lince ibérico está presente, ou em zonas que poderiam ser colonizadas por esta espécie. Durante dois dias, caçadores, gestores e proprietários de terras, também provenientes de localidades vizinhas, assistiram à palestra LYNXCONNECT ministrada pela Fundación Artemisan, parceiro responsável pelas acções de divulgação para o sector cinegético.
Nestes eventos, os técnicos da Artemisan destacam a importância dos caçadores, gestores e proprietários de terras na recuperação de uma espécie emblemática na Península Ibérica, uma vez que 90% dos linces vivem em reservas e propriedades de caça. A palestra, com uma duração de cerca de duas horas, dá a conhecer este projeto europeu e explica os benefícios da presença do lince ibérico para as espécies de caça menor, como o coelho-bravo, e para o controlo de predadores. E no final de cada palestra, há um espaço para perguntas e debate.
Os presentes, tanto em Talarrubias como em Valdelacasa de Tajo, mostraram o seu interesse em conhecer melhor o comportamento do lince ibérico na sua região em particular, já que as circunstâncias do habitat diferem em parte das encontradas noutras comunidades. A Fundação Artemisan actua, assim, como intermediária para aproximar a realidade do terreno com os esforços científicos do projeto.
A iniciativa está a ser repetida em todas as áreas geográficas onde existem fêmeas reprodutoras, ou seja, núcleos estáveis da população de lince ibérico. Já se realizaram conversações com as sociedades de caçadores de Azuaga, Llerena, San Pedro de Mérida, Quintana de la Serena, Puebla de la Reina, Villanueva de la Serena e, inclusivamente, na Feira Ibérica de Caça, Pesca e Natureza da Extremadura. Nos próximos anos, esta ação será alargada à Andaluzia, Castela-La Mancha e Múrcia.