No dia 2 de março realizou-se a primeira reunião de coordenação do LIFE LYNXCONNECT entre a Fundação Artemisan, o Gabinete Técnico do projeto, a Direção Geral do Ambiente Natural e a Federação de Caça da Região de Múrcia,
A coordenação entre os parceiros do LIFE LYNXCONNECT é essencial para alcançar os objectivos do projeto. Especialmente na Região de Múrcia, uma comunidade que, após a sua experiência no anterior LIFE Iberlince na seleção de áreas de reintrodução dentro deste território, receberá as primeiras libertações do felino a partir de 2023.
Por este motivo, e com o objetivo de lançar as bases de uma estratégia de comunicação e sensibilização para facilitar a aceitação do lince-ibérico entre o sector cinegético de Múrcia, sendo os caçadores, gestores e proprietários de terras um elemento fundamental para a conservação da espécie, uma vez que a maioria das suas populações reside em reservas de caça e propriedades privadas, realizou-se na quarta-feira, dia 2 de março, a primeira reunião de coordenação entre os parceiros do projeto que participarão direta ou indiretamente na região.
Assim, o encontro telemático reuniu representantes do sector cinegético em LIFE LYNXCONNECT, a Fundação Artemisan, a Direção Geral do Meio Natural da Região de Múrcia, o responsável de comunicação do Gabinete Técnico do projeto e o presidente da Federação de Caça de Múrcia, organização que desempenhará um papel importante no desenvolvimento do projeto na zona.
Durante o encontro, a Fundação Artemisan explicou aos participantes a estratégia que vai ser desenvolvida a partir do campo cinegético para facilitar a intermediação com caçadores e gestores. Também foram lançadas as bases para uma linha de cooperação e comunicação com o objetivo de contribuir para a aceitação e conservação do felino em Múrcia.
Por sua vez, a Federação de Caça de Múrcia solicitou que a organização seja tida em conta em todas as decisões que envolvam o sector cinegético e manifestou a sua vontade de colaborar ativamente nas diferentes acções da LYNXCONNECT na região.
Neste ponto, os participantes concordaram com a importância de envolver o sector cinegético na estratégia de conservação do lince ibérico, recordando casos de sucesso como os de Castilla-La Mancha, Extremadura e Andaluzia, onde a participação de caçadores e gestores tem sido fundamental para a recuperação da espécie.